7/30/2015

As Alegrias e os Sacrifícios da Nossa Mãe. Mari como a Deusa Mãe Nutridora

meditação no BBB 2015






O workshop:

AS ALEGRIAS E OS SACRIFÍCIOS DA NOSSA MÃE – MARI COMO A DEUSA MÃE NUTRIDORA
SUMÁRIO:
Descrição: Cada participante vai entrar em contato com seus conceitos sobre a alegria de viver e os sacrifícios relacionados à vida que aprendeu através da relação com a sua mãe, e viver uma cura dessa relação através de uma meditação, uma atividade dinâmica, e uma vivência com culinária mágica.
INTRODUÇÃO: Numa roda, cada participante fala seu nome e uma palavra relacionada à alegria. Daí numa segunda roda, cada participante fala seu nome e uma palavra relacionada ao sacrifício.
A DEUSA NOS NUTRE COM A DOÇURA E RESPONSIBILIDADE RELACIONADA À MATERNIDADE - Primeiro conversamos sobre a Deusa Mari e os Poderes dela como Nutridora. Lembrar o mito dessa Deusa e como ela representa ALEGRIA e SACRIFÍCIO.
HARMONIZAÇÃO: com vela de cera de abelha e incenso de mel
MEDITAÇÃO/JORNADA: Depois buscamos autoconhecimento através de uma meditação olhando a nossa infância e adolescência e ensinamentos recebidos da nossa mãe ou mãe substituta sobre doçura e alegria, assim como responsabilidade e sacrifício. No final da Jornada, a Deusa Mari proporciona uma cura das nossas feridas.
ATIVIDADE: Os participantes vão refletir sobre a proporção de alegria / sacrifício que a mãe ou mãe substituta passou por eles e dividir em grupos de: muita alegria, pouco sacrifício; alegria/sacrifício equilibrados; muito sacrifício, pouca alegria. Daí os participantes vão fazer uma dança de abelhas, de integração, representando a cura coletiva.
OFERENDA (Poção de Alegria - do livro WICCA BRASIL por Mavesper Cy Ceridwen): No final, numa vivência com culinária mágica, trabalhamos a cura dessa relação e celebramos o ato sagrado de nos nutrir em conexão com a Deusa do Mel, partilhando o alimento e fazendo uma oferenda a ela em agradecimento.
O WORKSHOP:
INTRODUÇÃO: Numa roda, cada participante fala seu nome e uma palavra relacionada à alegria. Daí numa segunda roda, cada participante fala seu nome e uma palavra relacionada ao sacrifício.
A DEUSA NOS NUTRE COM A DOÇURA E RESPONSIBILIDADE RELACIONADA À MATERNIDADE –
Primeiro conversamos sobre a Deusa Mari e os Poderes dela como Nutridora.
Lembrar o mito dessa Deusa e como ela representa ALEGRIA e SACRIFÍCIO.
O MITO: (DO LIVRO WICCA BRASIL)
MARI RECEBEU DA AVE CHAMADO PAPA-MEL A DÁDIVA DO MEU E O DEU A SEU FILHO KUYUPARÉ, O TROVÃO. O MENINO COMEU TUDO E PEDIU MAIS. MARI PEDIU QUE O MARIDO FOSSE BUSCAR, E ELE ALEGOU ESTAR OCUPADO. ELA INSISTIU, ELE IRRITOU-SE, E FORAM OS DOIS. ECONTRARAM A CASA DA ABELHA, E ELE OBRIGOU A MARI TIRAR O MEL. ELA ENFIOU A MÃO NO BURACO DA ÁRVORE E DESTRONCOU O BRAÇO, FICANDO PRESA. ELA MORREU E VIROU ABELHA QUE HOJE TRAZ AO POVO IKPENG A DÁDIVA DO MEL.
--- CELEBRAMOS A DEUSA DO MEL PARA REDESCOBRIR A ALEGRIA DO VIVER. COMO ELA DEU A VIDA PARA ALIMENTAR SEU FILHO COM O MEL, ELA TAMBÉM É UMA DEUSA DE SACRIFÍCIO.
Hoje vamos refletir sobre nossas próprias mães (ou mãe substituta) e reconhecer o que aprendemos com ela sobre alegria e sacrifício na vida.
HARMONIZAÇÃO: com vela de cera de abelha e incenso de mel
MEDITAÇÃO/JORNADA:
Bate o tambor o tempo todo:
Respiração dos quatro tempos (Inalar 4 segundos, segurar o ar 4 segundos, exalar 4 segundos). Faça três vezes e relaxar seu corpo, imaginando cada elemento - a terra, ar, fogo, e água do seu corpo relaxando.
Imagine que você está numa floresta, sentado em baixo de uma árvore. É meio-dia, tempo agradável, e você está segura e relaxada. Você sente o cheiro de flores na brisa e escuta o som de alguns pássaros cantando. Ao lado de você aparece um pote de vidro grande, cheio de mel. Você levanta o pote e olha a cor do mel brilhando no sol.
Começa a refletir sobre sua mãe durante a sua infância e adolescência, e o tema de alegria.
Quando você era criança, como você expressava sua alegria? Como a alegria expressada por você foi encarada pela sua mãe? Ela deixou você se expressar livremente? Ela participou nas suas alegrias? Ela te nutriu com alegria?
Quando você pensa na sua mãe na época que você era criança, ela trouxe alegria para a sua vida?
Por exemplo:
A sua mãe proporcionou para você modos de você brincar, sozinho ou com outros?
Você teve brinquedos? Que tipo?
Sua mãe te proporcionou irmãos? Vocês passavam muito tempo juntos? Foi um tempo de alegria?
Como era a escola onde sua mãe te colocou para estudar? Era um ambiente que te trouxe alegria? A sua mãe se importava com seu desenvolvimento social na escola quando você era criança?
A sua mãe deixou você convidar amigos para brincar em casa, ou você podia ir para a casa de amigos para brincar?
Sua mãe deixava você com alguma babá ou baby-sitter? Essa pessoa era agradável?  
A sua mãe brincava com você? Você tem lembranças de algumas brincadeiras?
A sua mãe gostava de rir com você? Vocês compartilharam momentos de alegria? Em casa, com livros, filmes, passeios, ou outras atividades? Você tem lembranças desses momentos com sua mãe?
Sua mãe aparecia alegre durante o seu dia a dia? Ela fazia coisas para ela mesma, para trazer alegria para a vida dela?
Estamos andando no caminho pagão, no caminho da Grande Mãe, da Deusa. Um valor pagão é felicidade, pois todos os atos de amor e prazer são rituais da Deusa. Você foi criado com qual tipo de valor em relação à alegria? O que sua mãe te ensinou sobre a importância de alegria na sua vida?
Quando você se tornou adolescente, como a alegria expressada por você foi encarada pela sua mãe? Ela deixou você se expressar livremente? Ela participou nas suas alegrias? Ela te ensinou como se nutrir com alegria, para você se tornar mais independente?
A sua mãe te ensinou que alegria é uma dádiva da vida, algo a buscar e curtir ao longo de todos os seus anos?
Hoje, como adulto, você está satisfeita com a alegria que você vive no seu dia a dia?
(Bate o tambor para alguns momentos).
Respire fundo, e imagine você sentado em baixo daquela árvore mais uma vez, a brisa batendo no seu rosto, o sol brilhando no pote cheio de mel. Você escuta um som de bzzz e repara que tem uma casa de abelhas num galho em cima de você. É longe, e você não tem medo. Você olha o pote de mel e lembra que a abelha trabalha a vida inteira para proporcionar a dádiva dessa delícia.
Começa a refletir sobre sua mãe durante a sua infância e adolescência, e o tema de sacrifício.
Se a mulher que te criou foi sua mãe biológica, você sabe como foram as circunstâncias do seu nascimento? Você foi planejado? Como foram os nove meses da sua gravidez? Ela teve problemas físicos? Ela sacrificou alguma atividade na sua vida para cuidar da gestação? O corpo dela sofreu alguma mudança devido à gravidez? E se você foi criada pela uma mãe por adoção, você sabe por que sua mãe optou para te adotar? Você sabe como foi o processo de adoção, e a espera para você? O que sua mãe sacrificou para criar espaço para a sua chegada à vida dela?
As fases da vida da mulher começam com a donzela, que é a jovem adulta, e depois disso vem a fase da mãe. Depois da primeira menstruação, sua mãe teve uma fase significante de donzela? Quantos anos a sua mãe tinha quando você entrou na vida dela? Imagine essa idade. Você entende que sua mãe fez um sacrifício, e deixou para traz sua fase donzela para virar mãe?
Antes de virar mãe, uma mulher pode escolher o que fazer com o seu tempo. Sua mãe sacrificou seu tempo livre depois que você chegou à vida dela? Por exemplo:
A sua mãe trabalhava? Ela parou de trabalhar com a mesma frequência para cuidar de você?
Sua mãe era muito social e gostava de sair? Ela parou de sair com a mesma frequência para cuidar de você em casa?
Ela participou em algum grupo, atividade física, hobby? Ela parou de fazer outras atividades com a mesma frequência, optando para ficar com você? Se sim, você se sente responsável pelas escolhas da sua mãe? Você carrega culpa?
Se sua mãe trabalhava ou fez varias atividades quando você era criança, o que ela fez para garantir sua segurança quando ela não estava cuidando de você? É um sacrifício e uma responsabilidade de toda mãe conciliar isso. Ela foi responsável? Como ela lidou com esses aspectos da vida? O que você aprendeu com a postura dela?
Sua mãe te ensinou uma ética de trabalho ou estudo? O que sua mãe ensinou sobre a necessidade de fazer sacrifícios para chegar numa meta? Sobre trabalhar para conquistar algo importante?
Pense na sua mãe e os momentos em que ela escolheu fazer uma coisa só pelo prazer próprio. O que sua mãe te ensinou sobre fazer coisas só pelo prazer? Era uma coisa permitida na sua vida?
Quando você era criança, a sua mãe era casada ou namorava? Você percebeu se sua mãe era feliz na sua vida amorosa? Muitas pessoas criadas no patriarcado acreditam que mesmo numa relação infeliz, é importante continuar unidos “para as crianças”. Ou, o contrário acontece. Uma mãe solteira deixa de namorar para dedicar todo o tempo livre para os filhos, e vive a vida sem vida amorosa. Você acha que sua mãe fez um desses sacrifícios? Se sim, você se sente responsável pelas escolhas da sua mãe? Você carrega culpa?
Estamos andando no caminho da Deusa que valoriza independência e livre escolha com responsabilidade e a consciência das consequências, boas e ruins, dos seus atos. Felicidade é uma meta da nossa vida. Você foi criado com qual tipo de valor em relação ao autossacrifício? O que a sua mãe te ensinou sobre a importância de equilíbrio entre autossacrifício e prazer?
Hoje, na sua vida de adulto, você está satisfeita com a proporção de autossacrifício e prazer na sua vida?
(Bate o tambor para alguns momentos.)
Agora vamos conhecer a Deusa Brasileira Mari e receber a cura dela como a Mãe do Mel. Respire fundo, e imagine você sentado em baixo daquela árvore mais uma vez, a brisa batendo no seu rosto, o sol brilhando no pote cheio de mel, o som das abelhas em cima de você. Você percebe uma energia forte chegando de cima, e de repente sente uma vontade de escalar a árvore. Nessa visão, você tem a plena capacidade física de escalar, então começa a subir. No topo, você senta num galho grosso e firme. As abelhas não são uma ameaça, você está completamente segura. Uma das abelhas brilha, e o brilho cresce e começa a se transformar na Deusa Mari, e ela senta num galho na sua frente - uma mulher indígena bonita, com o olhar doce e firme de uma Grande Deusa Mãe. Você olha num outro galho grosso da árvore, e lá está sentada confortavelmente a mulher que te criou.
Mari, a Mãe do Mel, é uma Mulher Abelha, e ela tem todas as dádivas do mel para vocês. O mel é doce, brilhante e alegre. Ela abençoa vocês com o poder de se nutrir com a alegria de viver.
Ela abençoa vocês duas com o poder de buscar a sua própria felicidade.
A abelha trabalha arduamente para criar o mel. A Deusa Mari sacrificou sua vida para alimentar seu filho. Você lembra que sua mãe é um ser humano com sua própria historia, qualidades, e falhas. Você olha para a sua mãe, e expressa seus agradecimentos para os sacrifícios que ela fez para você enquanto ela te criou.
A Deusa Mari então abençoa vocês duas com a capacidade de fazer sacrifícios na vida de uma forma equilibrada com a capacidade de pensar e agir só para a sua própria felicidade, saúde, e bem estar.
Você então se despede da sua mãe e ela levemente desce a árvore, continuando seu próprio caminho.
Você permanece com a Mari e ela te abençoa mais uma vez: com compreensão, compaixão, e renovação:
Você agora é adulto, e não depende mais da mulher que te criou para viver.
Você compreende mais o que você aprendeu com a sua mãe, e a Deusa te abençoa com o poder da consciência. Você hoje entende mais sobre seus conceitos e da onde vieram. Você agora tem a oportunidade de criar seus próprios conceitos sobre uma vida plena. Você pode escolher o que você quer para você mesma.
Você, independente do jeito que você foi criado, é um adulto que tem o poder de se amar e escolher o caminho da alegria.
Mari te mostra maneiras de seguir esse caminho.
(Bate o tambor para alguns momentos.)
Você agradece a Deusa Mari, e vocês se transformam em abelhas.
Mexe em seus dedos e corpo, e abre os olhos para sair da meditação, mas continue na consciência que você é uma abelha para fazer a próxima atividade.
ATIVIDADE: Integração
Reflete sobre a proporção de alegria / sacrifício que a sua mãe ou mãe substituta passou por você e dividir em grupos de: muita alegria, pouco sacrifício; alegria/sacrifício equilibrados; muito sacrifício, pouca alegria.
Vamos fazer uma dança de abelhas, de integração, representando a cura coletiva. Imagine ainda que você é uma abelha na comunidade da Deusa Mari. Todos vivem juntos, trabalham juntos, e cultuam a Mãe do Mel. A cura coletiva vem da Deusa Mari, e os poderes que vocês também possuem de equilibrar essas energias e buscar a alegria na sua vida vibram com a dança. Vocês dançam livremente em busca dessa cura e desse poder.  (Bate o tambor)
No final da dança, todo mundo sai da consciência de abelha batendo as palmas.
OFERENDA:
Para encerrar o trabalho, a cura dessa relação com a nutrição e a mãe primordial é celebrada com o ato sagrado de nos nutrir em conexão com a Deusa do Mel. Vamos fazer e partilhar um alimento e fazer uma oferenda à Deusa em agradecimento.
Culinária Mágica: Poção de Alegria - do livro WICCA BRASIL por Mavesper Cy Ceridwen
Todos participam nesse ato. Os ingredientes são previamente energizados com bênçãos de alegria e prazer. Cada participante coloca um ingrediente e mexe com colher de pau.
Adicione um litro de leite
uma colher de sopa de erva-doce
uma colher de sobremesa de canela em pó
duas colheres de mel.
Abençoe para trazer à mente a alegria e o prazer de viver. Consagre para Mari. Excelente antídoto para depressão.
A mulher mais jovem presente coloca a oferenda para Mari na natureza, e todos partilham e celebram, bebendo a poção.
Fim do workshop. 

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