10/22/2015

Novo Projeto! - The Condition of Existence

É com muito orgulho e felicidade que anuncio aqui um roteiro que escrevi de uma história sobre o papel da mulher e as escolhas dos seres humanos. Foi escrito em inglês, pois inglês é minha língua materna. Desejo dividir a história, em forma de filme, com irmãs vermelhas no mundo inteiro e irmãos que também imaginem um mundo onde a mulher tem seu devido espaço de verdade no coração da sociedade. O roteiro é chamado The Condition of Existence ... que o filme segue em breve! Blessed be!


The Condition of Existence by [Ferreira, Kimberly Renee Molluro]



7/30/2015

As Alegrias e os Sacrifícios da Nossa Mãe. Mari como a Deusa Mãe Nutridora

meditação no BBB 2015






O workshop:

AS ALEGRIAS E OS SACRIFÍCIOS DA NOSSA MÃE – MARI COMO A DEUSA MÃE NUTRIDORA
SUMÁRIO:
Descrição: Cada participante vai entrar em contato com seus conceitos sobre a alegria de viver e os sacrifícios relacionados à vida que aprendeu através da relação com a sua mãe, e viver uma cura dessa relação através de uma meditação, uma atividade dinâmica, e uma vivência com culinária mágica.
INTRODUÇÃO: Numa roda, cada participante fala seu nome e uma palavra relacionada à alegria. Daí numa segunda roda, cada participante fala seu nome e uma palavra relacionada ao sacrifício.
A DEUSA NOS NUTRE COM A DOÇURA E RESPONSIBILIDADE RELACIONADA À MATERNIDADE - Primeiro conversamos sobre a Deusa Mari e os Poderes dela como Nutridora. Lembrar o mito dessa Deusa e como ela representa ALEGRIA e SACRIFÍCIO.
HARMONIZAÇÃO: com vela de cera de abelha e incenso de mel
MEDITAÇÃO/JORNADA: Depois buscamos autoconhecimento através de uma meditação olhando a nossa infância e adolescência e ensinamentos recebidos da nossa mãe ou mãe substituta sobre doçura e alegria, assim como responsabilidade e sacrifício. No final da Jornada, a Deusa Mari proporciona uma cura das nossas feridas.
ATIVIDADE: Os participantes vão refletir sobre a proporção de alegria / sacrifício que a mãe ou mãe substituta passou por eles e dividir em grupos de: muita alegria, pouco sacrifício; alegria/sacrifício equilibrados; muito sacrifício, pouca alegria. Daí os participantes vão fazer uma dança de abelhas, de integração, representando a cura coletiva.
OFERENDA (Poção de Alegria - do livro WICCA BRASIL por Mavesper Cy Ceridwen): No final, numa vivência com culinária mágica, trabalhamos a cura dessa relação e celebramos o ato sagrado de nos nutrir em conexão com a Deusa do Mel, partilhando o alimento e fazendo uma oferenda a ela em agradecimento.
O WORKSHOP:
INTRODUÇÃO: Numa roda, cada participante fala seu nome e uma palavra relacionada à alegria. Daí numa segunda roda, cada participante fala seu nome e uma palavra relacionada ao sacrifício.
A DEUSA NOS NUTRE COM A DOÇURA E RESPONSIBILIDADE RELACIONADA À MATERNIDADE –
Primeiro conversamos sobre a Deusa Mari e os Poderes dela como Nutridora.
Lembrar o mito dessa Deusa e como ela representa ALEGRIA e SACRIFÍCIO.
O MITO: (DO LIVRO WICCA BRASIL)
MARI RECEBEU DA AVE CHAMADO PAPA-MEL A DÁDIVA DO MEU E O DEU A SEU FILHO KUYUPARÉ, O TROVÃO. O MENINO COMEU TUDO E PEDIU MAIS. MARI PEDIU QUE O MARIDO FOSSE BUSCAR, E ELE ALEGOU ESTAR OCUPADO. ELA INSISTIU, ELE IRRITOU-SE, E FORAM OS DOIS. ECONTRARAM A CASA DA ABELHA, E ELE OBRIGOU A MARI TIRAR O MEL. ELA ENFIOU A MÃO NO BURACO DA ÁRVORE E DESTRONCOU O BRAÇO, FICANDO PRESA. ELA MORREU E VIROU ABELHA QUE HOJE TRAZ AO POVO IKPENG A DÁDIVA DO MEL.
--- CELEBRAMOS A DEUSA DO MEL PARA REDESCOBRIR A ALEGRIA DO VIVER. COMO ELA DEU A VIDA PARA ALIMENTAR SEU FILHO COM O MEL, ELA TAMBÉM É UMA DEUSA DE SACRIFÍCIO.
Hoje vamos refletir sobre nossas próprias mães (ou mãe substituta) e reconhecer o que aprendemos com ela sobre alegria e sacrifício na vida.
HARMONIZAÇÃO: com vela de cera de abelha e incenso de mel
MEDITAÇÃO/JORNADA:
Bate o tambor o tempo todo:
Respiração dos quatro tempos (Inalar 4 segundos, segurar o ar 4 segundos, exalar 4 segundos). Faça três vezes e relaxar seu corpo, imaginando cada elemento - a terra, ar, fogo, e água do seu corpo relaxando.
Imagine que você está numa floresta, sentado em baixo de uma árvore. É meio-dia, tempo agradável, e você está segura e relaxada. Você sente o cheiro de flores na brisa e escuta o som de alguns pássaros cantando. Ao lado de você aparece um pote de vidro grande, cheio de mel. Você levanta o pote e olha a cor do mel brilhando no sol.
Começa a refletir sobre sua mãe durante a sua infância e adolescência, e o tema de alegria.
Quando você era criança, como você expressava sua alegria? Como a alegria expressada por você foi encarada pela sua mãe? Ela deixou você se expressar livremente? Ela participou nas suas alegrias? Ela te nutriu com alegria?
Quando você pensa na sua mãe na época que você era criança, ela trouxe alegria para a sua vida?
Por exemplo:
A sua mãe proporcionou para você modos de você brincar, sozinho ou com outros?
Você teve brinquedos? Que tipo?
Sua mãe te proporcionou irmãos? Vocês passavam muito tempo juntos? Foi um tempo de alegria?
Como era a escola onde sua mãe te colocou para estudar? Era um ambiente que te trouxe alegria? A sua mãe se importava com seu desenvolvimento social na escola quando você era criança?
A sua mãe deixou você convidar amigos para brincar em casa, ou você podia ir para a casa de amigos para brincar?
Sua mãe deixava você com alguma babá ou baby-sitter? Essa pessoa era agradável?  
A sua mãe brincava com você? Você tem lembranças de algumas brincadeiras?
A sua mãe gostava de rir com você? Vocês compartilharam momentos de alegria? Em casa, com livros, filmes, passeios, ou outras atividades? Você tem lembranças desses momentos com sua mãe?
Sua mãe aparecia alegre durante o seu dia a dia? Ela fazia coisas para ela mesma, para trazer alegria para a vida dela?
Estamos andando no caminho pagão, no caminho da Grande Mãe, da Deusa. Um valor pagão é felicidade, pois todos os atos de amor e prazer são rituais da Deusa. Você foi criado com qual tipo de valor em relação à alegria? O que sua mãe te ensinou sobre a importância de alegria na sua vida?
Quando você se tornou adolescente, como a alegria expressada por você foi encarada pela sua mãe? Ela deixou você se expressar livremente? Ela participou nas suas alegrias? Ela te ensinou como se nutrir com alegria, para você se tornar mais independente?
A sua mãe te ensinou que alegria é uma dádiva da vida, algo a buscar e curtir ao longo de todos os seus anos?
Hoje, como adulto, você está satisfeita com a alegria que você vive no seu dia a dia?
(Bate o tambor para alguns momentos).
Respire fundo, e imagine você sentado em baixo daquela árvore mais uma vez, a brisa batendo no seu rosto, o sol brilhando no pote cheio de mel. Você escuta um som de bzzz e repara que tem uma casa de abelhas num galho em cima de você. É longe, e você não tem medo. Você olha o pote de mel e lembra que a abelha trabalha a vida inteira para proporcionar a dádiva dessa delícia.
Começa a refletir sobre sua mãe durante a sua infância e adolescência, e o tema de sacrifício.
Se a mulher que te criou foi sua mãe biológica, você sabe como foram as circunstâncias do seu nascimento? Você foi planejado? Como foram os nove meses da sua gravidez? Ela teve problemas físicos? Ela sacrificou alguma atividade na sua vida para cuidar da gestação? O corpo dela sofreu alguma mudança devido à gravidez? E se você foi criada pela uma mãe por adoção, você sabe por que sua mãe optou para te adotar? Você sabe como foi o processo de adoção, e a espera para você? O que sua mãe sacrificou para criar espaço para a sua chegada à vida dela?
As fases da vida da mulher começam com a donzela, que é a jovem adulta, e depois disso vem a fase da mãe. Depois da primeira menstruação, sua mãe teve uma fase significante de donzela? Quantos anos a sua mãe tinha quando você entrou na vida dela? Imagine essa idade. Você entende que sua mãe fez um sacrifício, e deixou para traz sua fase donzela para virar mãe?
Antes de virar mãe, uma mulher pode escolher o que fazer com o seu tempo. Sua mãe sacrificou seu tempo livre depois que você chegou à vida dela? Por exemplo:
A sua mãe trabalhava? Ela parou de trabalhar com a mesma frequência para cuidar de você?
Sua mãe era muito social e gostava de sair? Ela parou de sair com a mesma frequência para cuidar de você em casa?
Ela participou em algum grupo, atividade física, hobby? Ela parou de fazer outras atividades com a mesma frequência, optando para ficar com você? Se sim, você se sente responsável pelas escolhas da sua mãe? Você carrega culpa?
Se sua mãe trabalhava ou fez varias atividades quando você era criança, o que ela fez para garantir sua segurança quando ela não estava cuidando de você? É um sacrifício e uma responsabilidade de toda mãe conciliar isso. Ela foi responsável? Como ela lidou com esses aspectos da vida? O que você aprendeu com a postura dela?
Sua mãe te ensinou uma ética de trabalho ou estudo? O que sua mãe ensinou sobre a necessidade de fazer sacrifícios para chegar numa meta? Sobre trabalhar para conquistar algo importante?
Pense na sua mãe e os momentos em que ela escolheu fazer uma coisa só pelo prazer próprio. O que sua mãe te ensinou sobre fazer coisas só pelo prazer? Era uma coisa permitida na sua vida?
Quando você era criança, a sua mãe era casada ou namorava? Você percebeu se sua mãe era feliz na sua vida amorosa? Muitas pessoas criadas no patriarcado acreditam que mesmo numa relação infeliz, é importante continuar unidos “para as crianças”. Ou, o contrário acontece. Uma mãe solteira deixa de namorar para dedicar todo o tempo livre para os filhos, e vive a vida sem vida amorosa. Você acha que sua mãe fez um desses sacrifícios? Se sim, você se sente responsável pelas escolhas da sua mãe? Você carrega culpa?
Estamos andando no caminho da Deusa que valoriza independência e livre escolha com responsabilidade e a consciência das consequências, boas e ruins, dos seus atos. Felicidade é uma meta da nossa vida. Você foi criado com qual tipo de valor em relação ao autossacrifício? O que a sua mãe te ensinou sobre a importância de equilíbrio entre autossacrifício e prazer?
Hoje, na sua vida de adulto, você está satisfeita com a proporção de autossacrifício e prazer na sua vida?
(Bate o tambor para alguns momentos.)
Agora vamos conhecer a Deusa Brasileira Mari e receber a cura dela como a Mãe do Mel. Respire fundo, e imagine você sentado em baixo daquela árvore mais uma vez, a brisa batendo no seu rosto, o sol brilhando no pote cheio de mel, o som das abelhas em cima de você. Você percebe uma energia forte chegando de cima, e de repente sente uma vontade de escalar a árvore. Nessa visão, você tem a plena capacidade física de escalar, então começa a subir. No topo, você senta num galho grosso e firme. As abelhas não são uma ameaça, você está completamente segura. Uma das abelhas brilha, e o brilho cresce e começa a se transformar na Deusa Mari, e ela senta num galho na sua frente - uma mulher indígena bonita, com o olhar doce e firme de uma Grande Deusa Mãe. Você olha num outro galho grosso da árvore, e lá está sentada confortavelmente a mulher que te criou.
Mari, a Mãe do Mel, é uma Mulher Abelha, e ela tem todas as dádivas do mel para vocês. O mel é doce, brilhante e alegre. Ela abençoa vocês com o poder de se nutrir com a alegria de viver.
Ela abençoa vocês duas com o poder de buscar a sua própria felicidade.
A abelha trabalha arduamente para criar o mel. A Deusa Mari sacrificou sua vida para alimentar seu filho. Você lembra que sua mãe é um ser humano com sua própria historia, qualidades, e falhas. Você olha para a sua mãe, e expressa seus agradecimentos para os sacrifícios que ela fez para você enquanto ela te criou.
A Deusa Mari então abençoa vocês duas com a capacidade de fazer sacrifícios na vida de uma forma equilibrada com a capacidade de pensar e agir só para a sua própria felicidade, saúde, e bem estar.
Você então se despede da sua mãe e ela levemente desce a árvore, continuando seu próprio caminho.
Você permanece com a Mari e ela te abençoa mais uma vez: com compreensão, compaixão, e renovação:
Você agora é adulto, e não depende mais da mulher que te criou para viver.
Você compreende mais o que você aprendeu com a sua mãe, e a Deusa te abençoa com o poder da consciência. Você hoje entende mais sobre seus conceitos e da onde vieram. Você agora tem a oportunidade de criar seus próprios conceitos sobre uma vida plena. Você pode escolher o que você quer para você mesma.
Você, independente do jeito que você foi criado, é um adulto que tem o poder de se amar e escolher o caminho da alegria.
Mari te mostra maneiras de seguir esse caminho.
(Bate o tambor para alguns momentos.)
Você agradece a Deusa Mari, e vocês se transformam em abelhas.
Mexe em seus dedos e corpo, e abre os olhos para sair da meditação, mas continue na consciência que você é uma abelha para fazer a próxima atividade.
ATIVIDADE: Integração
Reflete sobre a proporção de alegria / sacrifício que a sua mãe ou mãe substituta passou por você e dividir em grupos de: muita alegria, pouco sacrifício; alegria/sacrifício equilibrados; muito sacrifício, pouca alegria.
Vamos fazer uma dança de abelhas, de integração, representando a cura coletiva. Imagine ainda que você é uma abelha na comunidade da Deusa Mari. Todos vivem juntos, trabalham juntos, e cultuam a Mãe do Mel. A cura coletiva vem da Deusa Mari, e os poderes que vocês também possuem de equilibrar essas energias e buscar a alegria na sua vida vibram com a dança. Vocês dançam livremente em busca dessa cura e desse poder.  (Bate o tambor)
No final da dança, todo mundo sai da consciência de abelha batendo as palmas.
OFERENDA:
Para encerrar o trabalho, a cura dessa relação com a nutrição e a mãe primordial é celebrada com o ato sagrado de nos nutrir em conexão com a Deusa do Mel. Vamos fazer e partilhar um alimento e fazer uma oferenda à Deusa em agradecimento.
Culinária Mágica: Poção de Alegria - do livro WICCA BRASIL por Mavesper Cy Ceridwen
Todos participam nesse ato. Os ingredientes são previamente energizados com bênçãos de alegria e prazer. Cada participante coloca um ingrediente e mexe com colher de pau.
Adicione um litro de leite
uma colher de sopa de erva-doce
uma colher de sobremesa de canela em pó
duas colheres de mel.
Abençoe para trazer à mente a alegria e o prazer de viver. Consagre para Mari. Excelente antídoto para depressão.
A mulher mais jovem presente coloca a oferenda para Mari na natureza, e todos partilham e celebram, bebendo a poção.
Fim do workshop. 

7/13/2015

Círculo de Mulheres: Nosso Legado de Violências Sociais, Emocionais, e Sexuais contra a Mulher




Círculo de Mulheres e adolescentes no Facebook:  Jardim da Deusa em SP

Sumário dessa atividade: 

1. Reflexão-pipoca - Nosso Legado de Violências Sociais, Emocionais, e Sexuais contra a Mulher (brainstorming, filme, conversa sobre os temas abordados no filme e quais temas tocam mais na nossa vida de hoje). conversas + filme - 3 horas
2. Trabalho de Autoconhecimento - Contato com Deusa Mãe Castradora: a nossa Mãe e a Deusa Demeter (um tema do filme é a relação entre a mulher e a mãe castradora – não foram só os homens que repremiam as mulheres. Foram as próprias mulheres mães, pressionada pela sociedade. Numa meditação, vamos olhar a nossa relação com a nossa mãe e buscar autoconhecimento, compreensão e cura com a Deusa Mãe Demeter.) meditação - meia hora
3. Cura – Mandala e culinária mágica (Confeccionar uma mandala para levar para casa representando a busca de uma vida mais livre e a busca da liberdade das violências do patriarcado e os ensinamentos da nossa mãe que não combinam com a vida de uma mulher livre pagã. Também participa numa culinária mágica, fazendo um prato coletivo que partilhamos no final num ato sagrada de autonutrição e também oferecemos para a Deusa em agradecimento.) confecção + cozinhar + comer - uma hora e meia.
5 horas total de atividade
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1. Reflexão- Nosso Legado de Violências Sociais, Emocionais, e Sexuais contra a Mulher (brainstorming, filme, conversa sobre os temas abordados no filme e quais temas tocam mais na nossa vida de hoje). conversas + filme - 3 horas
Conversar sobre o que contemplamos como violências contra a mulher hoje em dia. Faça uma lista coletiva de temas para procurar que aparecem na história da Georgiana, a Duquesa de Devonshire, no filme baseado na vida dela.
Filme “A Duquesa” – baseado em fatos reais, século XVIII
Ambientado na Inglaterra aristocrática do século 18, o filme faz uma crônica da vida de Georgiana, Duquesa de Devonshire, que foi vitima de calúnia e injúria por causa de sua extravagância pública e privada. Adaptação do romance escrito por Amanda Foreman, "Georgiana, Duchess of Devonshire". (filmnow.com)
Temas:
Ø  Controle da mulher pelo homem no casamento
Ø  Controle dos filhos pelo homem
Ø  Infidelidade do homem aceitada
Ø  Infidelidade da mulher inaceitável
Ø  Responsabilidade da mulher de gerar um filho homem, herdeiro
Ø  Roupa da mulher o único jeito de se expressar
Ø  Mulher troféu
Ø  Falta de paixão ou preocupação com satisfação da mulher
Ø  Homem legalmente teve direito de bater na mulher
Ø  Mulher trair amiga para ficar com o homem para seus próprios interesses (nesse filme, para ver os seus filhos)
Ø  Mulher culpada pelo sexo dos filhos, obrigação da mulher prover um filho homem
Ø  Mãe culpar a filha por infidelidade do marido
Ø  Mãe aconselha a filha parar com suas atividades sociais e só cuidar do casamento e da tarefa de prover um herdeiro.
Ø  Mãe ter mais interesse na aparência social e interesse do homem do que sentimento da filha, por causa da percebida falta de opção.
Ø  Mulher cria filho do marido que veio de outra mulher
Ø  Homem só valoriza filhos homens
Ø  Sentimentos da mulher ignorados
Ø  Mulher forçada a aceitar infidelidades do marido, mas ele não aceita dela.
Ø  Estupro dentro do casamento
Ø  Mulher viver uma gravidez em segredo, e depois foi separado do bebe.
Ø  Outros...

2. Trabalho de Autoconhecimento - Contato com Deusa Mãe Castradora: a nossa Mãe e a Deusa Demeter (um tema do filme é a relação entre a mulher e a mãe castradora – não foram só os homens que repremiam as mulheres. Foram as próprias mulheres mães, pressionada pela sociedade. Numa meditação, vamos olhar a nossa relação com a nossa mãe e buscar autoconhecimento, compreensão e cura com a Deusa Mãe Demeter.) meditação - meia hora

MEDITAÇÃO:
Faça exercício de relaxamento antes de começar (respiração, relaxar a mente, entrar em alfa).
Imagine que você está sentada num campo, entre muitas flores. Você, igual Perséfone, porque você não é mais criança, fica afastada da sua mãe às vezes, você é a Rainha da Sua Própria Vida. Você faz suas próprias escolhas. Mas nesse momento, a Deusa Demeter aparece para ajudar você entender melhor a relação entre você e sua mãe. A Deusa Demeter é uma mulher que representa abundância, plenitude, e todas as coisas vivas e vibrantes. Ela representa a própria vida, o sustento, a segurança de uma mesa farta de comida e amor. Ela é colo, é proteção. Mas a Mãe Demeter também tem seu lado dominante e controlador. Seu lado que quer você por perto tanto porque sofre com sua ausência, que não consegue te deixar livre para crescer e seguir sua própria vida. O lado de Demeter que não deixa Perséfone completamente livre. Essa duplicidade aparece na sua frente na Deusa Mãe Demeter. Nos seus braços, ela segura um monte de hastes de trigo. Com seu olhar, ela ajuda você refletir sobre algumas questões, e você lembra a sua infância e adolescência enquanto você meditar.

A sua mãe te sustentava e também providenciou outras condições da sua vida. Ela te orientava de várias formas enquanto você cresceu e se transformou. Se ela não deu muita orientação, você aprendeu algo com as suas experiências. Se ela te controlou muito, você aprendeu algo também. Vamos examinar essa relação na sua infância e adolescência.

A sua mãe opinou sobre as suas roupas na sua infância? Com qual idade você começou a se vestir sozinha e escolher suas próprias roupas?
Você gostava de comer? Quando você não gostou de algum alimento, você foi forçada a comer pela sua mãe? Como foram seus momentos de refeição? Como você se sentiu?
A sua mãe deixou você escolher suas próprias atividades fora da escola? Ela obrigava você fazer algo que você não curtiu? Ela obrigava você deixar de fazer algo que você quis fazer?
A sua mãe participou nas suas amizades? Ela deu opiniões sobre suas escolhas de amigos? Ela se intrometeu nas suas amizades quando houve conflitos?
A aprovação da sua mãe era muito importante pra você nessa fase? Como você se sentiu durante sua infância, se você não quis obedecer a sua mãe? Você sempre obedecia? Ou não? O que você sentiu? O que aconteceu?
Agora vamos pensar na sua adolescência. Se você estiver adolescente agora, reflete nas experiências que você está vivendo nessa fase da sua vida agora com as próximas perguntas.
Adolescência é uma fase de aprender a ter mais liberdade com responsabilidade. Quando você se tornou adolescente, sua mãe começou a deixar você mais livre para escolher as suas atividades, refeições, amizades, e desafios?
Sua mãe respeitou (ou respeita) suas escolhas e interesses na escola? Ela obrigava (obriga) você a estudar algo que você não curtiu? Ela privou (priva) você de algum interesse seu por algum motivo?
A sua mãe opinou (opina) sobre as suas roupas na sua adolescência? Você teve (tem) liberdade de expressão?
Sua mãe ensinou (ensina) você a cozinhar? Ela respeitou (respeita) sua capacidade? Você já cozinhou para ela uma vez?
Na sua adolescência, sua mãe respeitou (respeita) suas escolhas sociais? Ela respeitou (respeita) suas escolhas de amigos, amigas, e colegas de atividades? Ela respeitou (respeita) suas escolhas de trabalho? Ela respeitou (respeita) suas escolhas espirituais?
Na sua adolescência, sua mãe te forçou (força) a fazer algo, ou deixar de fazer algo, por causa das supostas opiniões de outras pessoas ou a sociedade em geral?
A aprovação da sua mãe era (é) muito importante pra você nessa fase? Como você se sentiu (se sente) durante sua adolescência, se você não quis obedecer a sua mãe? Você sempre obedecia (obedece)? Ou não? O que você sentiu (sente)? O que aconteceu (acontece)?
Hoje você sente que faz suas escolhas para ganhar a aprovação da sua mãe?
Você entende a diferença entre respeitar e obedecer?
Você consegue imaginar porque sua mãe agiu do jeito que ela agiu com você?
Você aprendeu conceitos da sua mãe que não combinam com a vida de uma mulher livre pagã? Você consegue conciliar essas diferenças?

Você volta para o campo de flores, e vê a Deusa Demeter na sua frente de novo. Ela passa para você as bênçãos de compreensão. Sua mãe, como Demeter, amava sua criança do seu jeito. Sua mãe, como Demeter, é uma face da Divina Mãe, com suas qualidades e falhas, e também com seus acertos e erros. A fraqueza de Demeter, a tristeza que ela sentia longe da filha dela, fez ela privar a humanidade de calor e verde para metade do ano. Mas com essa dor vêm as bênçãos de outono, inverno, primavera, e verão. Com a dor de algumas das lições da sua mãe, a sua vida também se formou, e você hoje, é uma criança da Deusa, andando no caminho da Beleza.

Sua mãe tem o seu próprio caminho e você tem o seu. Por isso, nesse campo de flores, a Deusa conversa diretamente com só você. Se você for adolescente, é importante você amadurecer e respeitar a palavra da sua mãe como palavra amiga, ao mesmo tempo respeitar suas próprias opiniões. Essas diferenças às vezes são dolorosas. A Demeter abençoa você com o poder de conciliar as diferentes responsabilidades e expectativas de uma mulher adolescente em relação a sua mãe, que mudam quando você sair da infância. Se você for mulher adulta, é hora de você andar sozinha, sem depender da sua mãe. A Demeter abençoa você com a coragem e determinação da sua filha Perséfone.

Demeter joga os hastes de trigo pro alto e eles caiam no chão, formando um desenho. Esse desenho representa o seu momento de liberdade. Seu momento de andar no seu próprio caminho com respeito não só das suas raízes, mas respeito para você mesmo também. Respeito para suas escolhas, sua individualidade, e sua felicidade. Respeito pelo seu caminho abençoado.
A Deusa te mostra jeitos de agir daqui para frente em liberdade e beleza.

Você agradece a Deusa.
Daí você volta para aqui agora, encerrando a meditação.

3. Cura – Mandala e culinária mágica (Confeccionar uma mandala para levar para casa representando a busca de uma vida mais livre e a busca da liberdade das violências do patriarcado e os ensinamentos da nossa mãe que não combinam com a vida de uma mulher livre pagã. Também participa numa culinária mágica, fazendo um prato coletivo que partilhamos no final num ato sagrada de autonutrição e também oferecemos para a Deusa em agradecimento.) confecção + cozinhar (ingredientes já semi-preparados) + comer - uma hora e meia.
Mandala – grãos, cartolina, cola branca.
Culinária mágica –
Hot feta cheese artichoke dip
5 horas total de atividade 

6/19/2015

SE NUTRINDO COM PRAZER – TURAN COMO A DEUSA MÃE NUTRIDORA


Altar para a Deusa Turan -pintura original

o WORKSHOP:

Descrição: Participantes vão entrar em contato com sua relação com o prazer na alimentação assim como imagem de corpo e viver uma cura dessa relação através de uma meditação, uma atividade dinâmica, e uma vivência com culinária mágica.
A DEUSA NOS NUTRE COM PRAZERES- Primeiro conversamos sobre a Deusa Turan e os Poderes dela como Nutridora. O PRAZER DO CORPO: COMIDA, SEXO, ATIVIDADE FÍSICA.
MEDITAÇÃO/JORNADA: Depois buscamos autoconhecimento através de uma meditação olhando a nossa infância e adolescência e ensinamentos recebidos da nossa mãe ou mãe substituta sobre prazer na alimentação, sexualidade, e movimento do corpo.
ESTICAR, RESPIRAR, E AUTO MASSAGEM: Em seguida faremos uma atividade dinâmica contemplando imagem do corpo.
OFERENDA (TIRA MI SU): No final, numa vivência com culinária mágica, trabalhamos a cura dessa relação e celebramos o ato sagrado de nos nutrir em conexão com a Deusa do Prazer.

A Tarefa da Mãe Nutridora: ensinar seus filhos a se nutrir. Mãe Nutridora nutre na gestação. Daí no colo, na amamentação. Durante a vida a tarefa é ensinar aos poucos a não precisar mais dela. Beber de uma mamadeira, daí da na boca, daí se alimentar com a colher e daí para frente.
Turan nos ensina como nutrir a nos mesmos com prazer, desse jeito vivendo em honra a ela.
Nutrir com Prazer no Corpo: Sexual idade, Alimentação, Movimento
Nutrir com Prazer Emocional: alegria, verdadeira felicidade, amor, segurança, conquistas no trabalho, amizades, entretenimento- SEM ESCRAVIDÃO DO VÍCIO.


MEDITAÇÃO
O lago da Turan é a água da emoção que nos leva numa busca de autoconhecimento para saber da onde vem nossas crenças e conceitos sobre nossa nutrição, e nessa busca começamos com energia primordial, a energia da mãe.
Para cada das seguintes perguntas, voltamos para a nossa infância, uma fase de ser muito observador, e muito “esponja” de informações.  Também seguimos para nossa adolescência, uma fase de crescimento quando achamos que já sabemos tudo, mas continuamos aprendendo conceitos com a nossa mãe.
Vou fazer varias series de perguntas e batidas do tambor para realizar essa atividade.


Meditamos, e refletimos a nossa infância e adolescência nas seguintes perguntas sobre:
Prazer na Sexualidade- com a sua mãe, o que aprendeu sobre o prazer de se nutrir sexualmente?
Quanto vc era consciente da sexualidade da sua mãe (ou mãe substituta) durante sua infância e adolescência?
Como ela se expressava?
Ela se considerou atraente e expressava sensualidade de alguma forma?
Mostrou afeto abertamente?
Ela conversou com vc sobre sexualidade?
Qual foi a atitude dela relacionada com sexo?
Masturbação?
A sua mãe (ou mãe substituta) foi, durante sua infância e adolescência, uma pessoa que parecia confortável com sua própria sexualidade?
Como ela se comportava em relação a vc e a sua sexualidade?
Ela tentava te controlar, te orientava equilibradamente, ou nunca te orientava?
Ou, ela deixava vc completamente livre para desenvolver seus próprios conceitos e modos de se comportar?
Vc aprendeu que curtir a sexualidade é uma forma de se cuidar e se nutrir, e vivenciar sua vida prazerosamente?
Que tipo de modelo ela foi?
O que ela falou para vc sobre o assunto?
O que vc viu ela fazendo, e o que vc aprendeu só observando?
Vc está feliz com sua própria sexualidade hoje, como adulto?
(BATE TAMBOR)


Continuamos meditando, e refletimos a nossa infância e adolescência nas seguintes perguntas sobre:
Prazer na Alimentação – com a sua mãe, o que aprendeu sobre o prazer de se nutrir com alimentação?
Quanto vc era consciente da alimentação da sua mãe (ou mãe substituta) durante sua infância e adolescência?
Como ela se alimentava?
Ela gostava de comer, e expressava o desejo de se alimentar?
Ela cozinhava para vc, ou se ela mesma não cozinhava, ela garantia que vc seria alimentada? Como?
Ela providenciava essa alimentação com prazer?  
Ela ensinou vc a cozinhar para vc ser mais independente?
Ela ensinou o que sobre alimentação para vc?
A sua mãe (ou mãe substituta) foi, durante sua infância e adolescência, uma pessoa que vc achava confortável com sua própria alimentação?
Como ela se comportava em relação você e a sua alimentação?
Ela tentava te controlar, te orientava equilibradamente, ou nunca te orientava?
Ou, ela deixava vc completamente livre para desenvolver seus próprios conceitos e hábitos?  
Vc aprendeu que curtir a alimentação é uma forma de se cuidar e se nutrir, e vivenciar a sua vida prazerosamente?
Que tipo de modelo ela foi?
O que ela te falou sobre o assunto?
O que vc viu ela fazendo, e o que vc aprendeu só observando?
Vc está feliz com a sua alimentação hoje, como adulto?
(BATE TAMBOR)


Continuamos meditando, e refletimos a nossa infância e adolescência nas seguintes perguntas sobre:
Prazer no Movimento – com a sua mãe, o que aprendeu sobre o prazer de se nutrir com atividade física?
Quanto vc era consciente das atividades físicas da sua mãe (ou mãe substituta) durante sua infância e adolescência?
Como ela se movimentava?
Ela praticava alguma atividade física?
Ela fazia por prazer ou outro motivo?
A sua mãe (ou mãe substituta) foi, durante sua infância e adolescência, uma pessoa que vc achava confortável com o formato do seu corpo e como seu corpo funcionava?
Como ela se comportava em relação a vc e o seu corpo?
Ela tentava te forçar a praticar atividades, te incentivava equilibradamente, ou nunca te incentivava?
Ou, ela deixava vc completamente livre para desenvolver seus próprios conceitos e hábitos? 
Vc aprendeu que curtir alguma atividade física é uma forma de se cuidar e se nutrir, e vivenciar a sua vida prazerosamente?
Que tipo de modelo ela foi?
O que vc viu ela fazendo, o que vc aprendeu só observando?
Vc está feliz com a maneira que vc movimenta o seu corpo hoje, como adulto?
(BATE TAMBOR)


Continuamos meditando, e refletimos a nossa infância e adolescência nas seguintes perguntas sobre:
Prazer Emocional – com a sua mãe, o que aprendeu sobre prazer emocional como uma forma de se nutrir?
Quanto vc era consciente dos prazeres emocionais – por exemplo, felicidade, alegria, celebração de conquistas - da sua mãe (ou mãe substituta) durante sua infância e adolescência?
Como ela se expressava?
Ela parecia feliz e expressava felicidade de alguma forma?
Ela fazia atividades no dia a dia dela que provocava sua felicidade e alegria de viver?
Quais foram? (Por exemplo: se ela gostava do seu trabalho, de cuidar da casa e da família, de passar tempo com amigos, se ela teve um hobby ou outra atividade que fazia com frequência que fazia ela feliz)
Ela mostrava alegria abertamente?
A sua mãe (ou mãe substituta) foi, durante sua infância e adolescência, uma pessoa que parecia confortável com alegria?
Como ela se comportava em relação a vc e a sua alegria?
Ela tentava te cortar, te acolheu equilibradamente, ou ela te ignorava?
Ou, ela deixava vc completamente livre para expressar alegria do seu jeito?
Vc aprendeu que viver suas emoções prazerosas é uma forma de se cuidar e se nutrir, e vivenciar sua vida prazerosamente?
Que tipo de modelo ela foi?
O que ela falava sobre o assunto?
O que vc viu ela fazendo, o que vc aprendeu só observando?
Vc está feliz no seu dia a dia hoje? Vc curte sua vida hoje, como adulto?
(BATE TAMBOR)

Encerramos essa meditação com um encontro entre vc e sua mãe (ou mãe substituta) à beira do lago da Turan.
A mulher que te criou está ao seu lado. Ela com a bagagem da história da infância, adolescência e toda a vida dela. E vc com a bagagem da sua história.
Vcs se deparam com a Deusa Turan.
Turan, com suas asas imensas de cisne, abençoa vcs com o poder de sentir prazer em todas as formas de se nutrir.
Ela abençoa vcs com a vontade e a capacidade de nutrir seus corpos e suas emoções de formas prazerosas e repletas de energia saudável.
Vc se despede da sua mãe (ou mãe substituta) e ela segue o caminho dela.
Vc permanece com a Turan e ela te abençoa mais uma vez: com compreensão, compaixão, e renovação:
Vc agora é adulto, e não depende mais da mulher que te criou para andar.
Vc, independente do jeito que vc cresceu, é um adulto que tem o poder de se amar e escolher o caminho do prazer.
Turan te mostra maneiras de seguir esse caminho.
(BATE TAMBOR)
E agora a meditação está encerrada.


ESTICAR, RESPIRAR, E AUTO MASSAGEM
Cada participante fica em pé e estica o seu corpo, respirando fundo e deliciando a nutrição do movimento dos seus músculos e do ar entrando e saindo dos seus pulmões.
Cada participante passa as mãos sobre sua pele, deliciando o movimento, a textura da pele, a massagem dos músculos. Faça isso ritualisticamente, sentindo a benção no seu próprio toque.

OFERENDA: TIRA MI SU
O final desse trabalho é aprender fazer um prato, e se nutrir com a comida. Depois de cozinhar, oferecer um prato para a Deusa que vc tbm come e oferece para sua família ou amigos.
Essa vez eu escolhi uma sobremesa típica da Itália para oferecer à Turan: Tira Mi Su.
Cada participante passa álcool gel nas mãos ou lave as mãos.
Cada participante completa o prato espalhando cacau em pó e avelã sobre a bandeja de tira mi su.
A mulher mais velha da turma corta uma porção e deixa a oferenda para a Deusa (depois ela pode levar para a natureza).
A turma partilha tira mi su.

FIM da Palestra. 

EAB para TURAN. São Paulo 2015