meditação no BBB 2015
O workshop:
AS ALEGRIAS E OS SACRIFÍCIOS DA NOSSA MÃE – MARI COMO A DEUSA MÃE
NUTRIDORA
SUMÁRIO:
Descrição: Cada participante vai entrar em contato com seus
conceitos sobre a alegria de viver e os sacrifícios relacionados à vida que
aprendeu através da relação com a sua mãe, e viver uma cura dessa relação
através de uma meditação, uma atividade dinâmica, e uma vivência com culinária
mágica.
INTRODUÇÃO: Numa roda, cada participante fala seu nome e uma palavra
relacionada à alegria. Daí numa segunda roda, cada participante fala seu nome e
uma palavra relacionada ao sacrifício.
A DEUSA NOS NUTRE COM A DOÇURA E RESPONSIBILIDADE RELACIONADA À
MATERNIDADE - Primeiro conversamos sobre a Deusa Mari e os Poderes dela como
Nutridora. Lembrar o mito dessa Deusa e como ela representa ALEGRIA e
SACRIFÍCIO.
HARMONIZAÇÃO: com vela de cera de abelha e incenso de mel
MEDITAÇÃO/JORNADA: Depois buscamos autoconhecimento através de uma
meditação olhando a nossa infância e adolescência e ensinamentos recebidos da
nossa mãe ou mãe substituta sobre doçura e alegria, assim como responsabilidade
e sacrifício. No final da Jornada, a Deusa Mari proporciona uma cura das nossas
feridas.
ATIVIDADE: Os participantes vão refletir sobre a proporção de
alegria / sacrifício que a mãe ou mãe substituta passou por eles e dividir em
grupos de: muita alegria, pouco sacrifício; alegria/sacrifício equilibrados; muito
sacrifício, pouca alegria. Daí os participantes vão fazer uma dança de abelhas,
de integração, representando a cura coletiva.
OFERENDA (Poção de Alegria -
do livro WICCA BRASIL por Mavesper Cy Ceridwen): No final, numa vivência com
culinária mágica, trabalhamos a cura dessa relação e celebramos o ato sagrado
de nos nutrir em conexão com a Deusa do Mel, partilhando o alimento e fazendo
uma oferenda a ela em agradecimento.
O WORKSHOP:
INTRODUÇÃO: Numa roda, cada participante fala seu nome e uma palavra
relacionada à alegria. Daí numa segunda roda, cada participante fala seu nome e
uma palavra relacionada ao sacrifício.
A DEUSA NOS NUTRE COM A DOÇURA E RESPONSIBILIDADE RELACIONADA À
MATERNIDADE –
Primeiro conversamos sobre a Deusa Mari e os Poderes dela como
Nutridora.
Lembrar o mito dessa Deusa e como ela representa ALEGRIA e
SACRIFÍCIO.
O MITO: (DO LIVRO WICCA BRASIL)
MARI RECEBEU DA AVE CHAMADO PAPA-MEL A DÁDIVA DO MEU E O DEU A SEU
FILHO KUYUPARÉ, O TROVÃO. O MENINO COMEU TUDO E PEDIU MAIS. MARI PEDIU QUE O
MARIDO FOSSE BUSCAR, E ELE ALEGOU ESTAR OCUPADO. ELA INSISTIU, ELE IRRITOU-SE,
E FORAM OS DOIS. ECONTRARAM A CASA DA ABELHA, E ELE OBRIGOU A MARI TIRAR O MEL.
ELA ENFIOU A MÃO NO BURACO DA ÁRVORE E DESTRONCOU O BRAÇO, FICANDO PRESA. ELA
MORREU E VIROU ABELHA QUE HOJE TRAZ AO POVO IKPENG A DÁDIVA DO MEL.
--- CELEBRAMOS A DEUSA DO MEL PARA REDESCOBRIR A ALEGRIA DO VIVER.
COMO ELA DEU A VIDA PARA ALIMENTAR SEU FILHO COM O MEL, ELA TAMBÉM É UMA DEUSA
DE SACRIFÍCIO.
Hoje vamos refletir sobre nossas próprias mães (ou mãe substituta) e
reconhecer o que aprendemos com ela sobre alegria e sacrifício na vida.
HARMONIZAÇÃO: com vela de cera de abelha e incenso de mel
MEDITAÇÃO/JORNADA:
Bate
o tambor o tempo todo:
Respiração
dos quatro tempos (Inalar 4 segundos, segurar o ar 4 segundos, exalar 4
segundos). Faça três vezes e relaxar seu corpo, imaginando cada elemento - a
terra, ar, fogo, e água do seu corpo relaxando.
Imagine que você está numa floresta, sentado em baixo
de uma árvore. É meio-dia, tempo agradável, e você está segura e relaxada. Você
sente o cheiro de flores na brisa e escuta o som de alguns pássaros cantando. Ao
lado de você aparece um pote de vidro grande, cheio de mel. Você levanta o pote
e olha a cor do mel brilhando no sol.
Começa a refletir sobre sua mãe durante a sua infância
e adolescência, e o tema de alegria.
Quando você era criança, como você expressava sua
alegria? Como a alegria expressada por você foi encarada pela sua mãe? Ela
deixou você se expressar livremente? Ela participou nas suas alegrias? Ela te
nutriu com alegria?
Quando você pensa na sua mãe na época que você era
criança, ela trouxe alegria para a sua vida?
Por exemplo:
A sua mãe proporcionou para você modos de você brincar,
sozinho ou com outros?
Você teve brinquedos? Que tipo?
Sua mãe te proporcionou irmãos? Vocês passavam muito
tempo juntos? Foi um tempo de alegria?
Como era a escola onde sua mãe te colocou para estudar?
Era um ambiente que te trouxe alegria? A sua mãe se importava com seu
desenvolvimento social na escola quando você era criança?
A sua mãe deixou você convidar amigos para brincar em
casa, ou você podia ir para a casa de amigos para brincar?
Sua mãe deixava você com alguma babá ou baby-sitter? Essa
pessoa era agradável?
A sua mãe brincava com você? Você tem lembranças de
algumas brincadeiras?
A sua mãe gostava de rir com você? Vocês compartilharam
momentos de alegria? Em casa, com livros, filmes, passeios, ou outras
atividades? Você tem lembranças desses momentos com sua mãe?
Sua mãe aparecia alegre durante o seu dia a dia? Ela
fazia coisas para ela mesma, para trazer alegria para a vida dela?
Estamos andando no caminho pagão, no caminho da Grande
Mãe, da Deusa. Um valor pagão é felicidade, pois todos os atos de amor e prazer
são rituais da Deusa. Você foi criado com qual tipo de valor em relação à
alegria? O que sua mãe te ensinou sobre a importância de alegria na sua vida?
Quando você se tornou adolescente, como a alegria
expressada por você foi encarada pela sua mãe? Ela deixou você se expressar
livremente? Ela participou nas suas alegrias? Ela te ensinou como se nutrir com
alegria, para você se tornar mais independente?
A sua mãe te ensinou que alegria é uma dádiva da vida,
algo a buscar e curtir ao longo de todos os seus anos?
Hoje, como adulto, você está satisfeita com a alegria
que você vive no seu dia a dia?
(Bate o tambor para alguns momentos).
Respire fundo, e imagine você sentado em baixo daquela árvore mais
uma vez, a brisa batendo no seu rosto, o sol brilhando no pote cheio de mel. Você
escuta um som de bzzz e repara que tem uma casa de abelhas num galho em cima de
você. É longe, e você não tem medo. Você olha o pote de mel e lembra que a
abelha trabalha a vida inteira para proporcionar a dádiva dessa delícia.
Começa a refletir sobre sua mãe durante a sua infância e
adolescência, e o tema de sacrifício.
Se a mulher que te criou foi sua mãe biológica, você sabe
como foram as circunstâncias do seu nascimento? Você foi planejado? Como foram
os nove meses da sua gravidez? Ela teve problemas físicos? Ela sacrificou
alguma atividade na sua vida para cuidar da gestação? O corpo dela sofreu
alguma mudança devido à gravidez? E se você foi criada
pela uma mãe por adoção, você sabe por que sua mãe optou para te adotar? Você
sabe como foi o processo de adoção, e a espera para você? O que sua mãe
sacrificou para criar espaço para a sua chegada à vida dela?
As fases da vida da mulher começam com a donzela, que é a
jovem adulta, e depois disso vem a fase da mãe. Depois da primeira menstruação,
sua mãe teve uma fase significante de donzela? Quantos anos a sua mãe tinha
quando você entrou na vida dela? Imagine essa idade. Você entende que sua mãe
fez um sacrifício, e deixou para traz sua fase donzela para virar mãe?
Antes de virar mãe, uma mulher pode escolher o que fazer
com o seu tempo. Sua mãe sacrificou seu tempo livre depois que você chegou à
vida dela? Por exemplo:
A sua mãe trabalhava? Ela parou de trabalhar com a mesma
frequência para cuidar de você?
Sua mãe era muito social e gostava de sair? Ela parou de
sair com a mesma frequência para cuidar de você em casa?
Ela participou em algum grupo, atividade física, hobby? Ela
parou de fazer outras atividades com a mesma frequência, optando para ficar com
você? Se sim, você se sente responsável pelas escolhas da sua mãe? Você carrega
culpa?
Se sua mãe trabalhava ou fez varias atividades quando você
era criança, o que ela fez para garantir sua segurança quando ela não estava
cuidando de você? É um sacrifício e uma responsabilidade de toda mãe conciliar
isso. Ela foi responsável? Como ela lidou com esses aspectos da vida? O que
você aprendeu com a postura dela?
Sua mãe te ensinou uma ética de trabalho ou estudo? O que
sua mãe ensinou sobre a necessidade de fazer sacrifícios para chegar numa meta?
Sobre trabalhar para conquistar algo importante?
Pense na sua mãe e os momentos em que ela escolheu fazer
uma coisa só pelo prazer próprio. O que sua mãe te ensinou sobre fazer coisas
só pelo prazer? Era uma coisa permitida na sua vida?
Quando você era criança, a sua mãe era casada ou namorava?
Você percebeu se sua mãe era feliz na sua vida amorosa? Muitas pessoas criadas
no patriarcado acreditam que mesmo numa relação infeliz, é importante continuar
unidos “para as crianças”. Ou, o contrário acontece. Uma mãe solteira deixa de
namorar para dedicar todo o tempo livre para os filhos, e vive a vida sem vida
amorosa. Você acha que sua mãe fez um desses sacrifícios? Se sim, você se sente
responsável pelas escolhas da sua mãe? Você carrega culpa?
Estamos andando no caminho da Deusa que valoriza
independência e livre escolha com responsabilidade e a consciência das
consequências, boas e ruins, dos seus atos. Felicidade é uma meta da nossa
vida. Você foi criado com qual tipo de valor em relação ao autossacrifício? O
que a sua mãe te ensinou sobre a importância de equilíbrio entre
autossacrifício e prazer?
Hoje, na sua vida de adulto, você está satisfeita com a
proporção de autossacrifício e prazer na sua vida?
(Bate o tambor para alguns momentos.)
Agora vamos conhecer a
Deusa Brasileira Mari e receber a cura dela como a Mãe do Mel. Respire fundo, e
imagine você sentado em baixo daquela árvore mais uma vez, a brisa batendo no
seu rosto, o sol brilhando no pote cheio de mel, o som das abelhas em cima de
você. Você percebe uma energia forte chegando de cima, e de repente sente uma
vontade de escalar a árvore. Nessa visão, você tem a plena capacidade física de
escalar, então começa a subir. No topo, você senta num galho grosso e firme. As
abelhas não são uma ameaça, você está completamente segura. Uma das abelhas
brilha, e o brilho cresce e começa a se transformar na Deusa Mari, e ela senta
num galho na sua frente - uma mulher indígena bonita, com o olhar doce e firme
de uma Grande Deusa Mãe. Você olha num outro galho grosso da árvore, e lá está
sentada confortavelmente a mulher que te criou.
Mari, a Mãe do Mel, é uma Mulher Abelha, e ela tem todas as
dádivas do mel para vocês. O mel é doce, brilhante e alegre. Ela abençoa vocês
com o poder de se nutrir com a alegria
de viver.
Ela abençoa vocês duas com o poder de buscar a sua própria felicidade.
A abelha trabalha arduamente para criar o mel. A Deusa Mari
sacrificou sua vida para alimentar seu filho. Você lembra que sua mãe é um ser
humano com sua própria historia, qualidades, e falhas. Você olha para a sua
mãe, e expressa seus agradecimentos para os sacrifícios que ela fez para você enquanto
ela te criou.
A Deusa Mari então abençoa vocês duas com a capacidade de fazer sacrifícios na vida
de uma forma equilibrada com a capacidade de pensar e agir só para a sua
própria felicidade, saúde, e bem estar.
Você então se despede da sua mãe e ela levemente desce a árvore,
continuando seu próprio caminho.
Você permanece com a Mari e ela te abençoa mais uma vez: com compreensão, compaixão, e renovação:
Você agora é adulto, e não depende
mais da mulher que te criou para viver.
Você compreende mais o que você aprendeu com a sua mãe, e a
Deusa te abençoa com o poder da consciência.
Você hoje entende mais sobre seus conceitos e da onde vieram. Você agora tem a
oportunidade de criar seus próprios conceitos sobre uma vida plena. Você pode
escolher o que você quer para você mesma.
Você, independente do jeito que você foi criado, é um
adulto que tem o poder de se amar e
escolher o caminho da alegria.
Mari te mostra maneiras de seguir esse caminho.
(Bate o tambor para alguns momentos.)
Você agradece a Deusa Mari, e vocês se transformam em
abelhas.
Mexe em seus dedos e corpo, e abre os olhos para sair da
meditação, mas continue na consciência que você é uma abelha para fazer a
próxima atividade.
ATIVIDADE: Integração
Reflete sobre a proporção de alegria / sacrifício que a sua mãe ou
mãe substituta passou por você e dividir em grupos de: muita alegria, pouco
sacrifício; alegria/sacrifício equilibrados; muito sacrifício, pouca alegria.
Vamos fazer uma dança de abelhas, de integração, representando a
cura coletiva. Imagine ainda que você é uma abelha na comunidade da Deusa Mari.
Todos vivem juntos, trabalham juntos, e cultuam a Mãe do Mel. A cura coletiva
vem da Deusa Mari, e os poderes que vocês também possuem de equilibrar essas
energias e buscar a alegria na sua vida vibram com a dança. Vocês dançam
livremente em busca dessa cura e desse poder.
(Bate o tambor)
No final da dança, todo mundo sai da consciência de abelha batendo
as palmas.
OFERENDA:
Para encerrar o trabalho, a cura dessa relação com a nutrição e a
mãe primordial é celebrada com o ato sagrado de nos nutrir em conexão com a
Deusa do Mel. Vamos fazer e partilhar um alimento e fazer uma oferenda à Deusa
em agradecimento.
Culinária
Mágica: Poção de Alegria - do livro WICCA BRASIL por Mavesper Cy Ceridwen
Todos participam nesse ato. Os ingredientes são previamente
energizados com bênçãos de alegria e prazer. Cada participante coloca um
ingrediente e mexe com colher de pau.
Adicione
um litro de leite
uma
colher de sopa de erva-doce
uma
colher de sobremesa de canela em pó
duas
colheres de mel.
Abençoe
para trazer à mente a alegria e o prazer de viver. Consagre para Mari.
Excelente antídoto para depressão.
A mulher mais jovem presente coloca a oferenda para Mari na
natureza, e todos partilham e celebram, bebendo a poção.
Fim do workshop.